fonte: Investigações Clínicas Orais

ano: 2016

autores: Matsuo FS, Paul Beard LF, Servato JP, de Faria PR, Cardoso SV, Loyola AM

Objetivo:

Amiloidose é um termo usado para descrever um grupo de doenças em que existe uma deposição extracelular de proteínas fibrilares amorfas conhecidas como amilóide. O objetivo deste estudo foi apresentar dados clínico-patológicos de oito pacientes acometidos por amiloidose oral e uma profunda revisão da literatura sobre a doença.

Materiais e métodos:

Foi realizado um estudo retrospectivo com base nos registros de pacientes afetados por amiloidose oral diagnosticados em nossa instituição entre 1978 e 2012. As características clínico-patológicas e a coloração imuno-histoquímica (IHC) com anticorpos anti-kappa e anti-lambda da cadeia leve foram realizadas e analisadas.

Resultados:

Oito pacientes foram diagnosticados com a doença; a língua e as mulheres na sexta década de vida foram afetadas principalmente. Todas as lesões demonstraram birrefringência verde-maçã e imunorreatividade para a cadeia kappa-leve, e quatro casos também mostraram positividade lambda. De acordo com nossa série, quatro casos foram diagnosticados com amiloidose localizada e quatro com amiloidose sistêmica. O prognóstico para os sistêmicos era sombrio, mas bom para os localizados, caracterizado por um padrão lento de deposição sem evolução para envolvimento sistêmico.

Conclusões:

Este estudo reforça nosso conhecimento sobre predileções, resultados e a importância de fazer um diagnóstico correto e rápido da amiloidose oral e mostra a necessidade de mais estudos detalhando a predileção por amiloidose oral em escala global. A importância e utilidade da IHC na tipificação da natureza bioquímica dos depósitos amilóides estão se tornando cada vez mais necessárias para o gerenciamento adequado do paciente. A classificação correta do tipo de amilóide é importante para as consequências do tratamento.

Relevância clinica:

Este artigo destaca os dados clínico-patológicos de pacientes com amiloidose que afetam os tecidos orais e compara esses novos achados com outras descrições mundiais. Devido à sua raridade, esses dados geralmente não são familiares para a maioria dos clínicos e patologistas.

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